Saturday, December 16, 2006

Florbela espanca

Lá dentro daqueles olhos,...
Onde a luz é mais que substancial
Onde o ser é etéreo

Lá no fundo daquela alma...
Onde o sofrimento é maior que a fé
Os traços, gestos e palavras
tornam'se puros e singulares
E permanece assim aquela menina
Com sonhos atras de sonhos
Intocavel para o amor
A senhora da dor
Sim, senhora da dor
E permanece com aquele riso mas fingir não basta

Friday, December 08, 2006

Ela é uma senhora
vestida de ouro e seda
Com a suave cabelo amarrado com um laço de cetim
A branda voz com que ela fala
Os doces olhos que a todos dizem tanto
Ela é uma senhora
Ela não dança mas ela quer...
O que ela tem nunca quis
O que ela quer nunca vai ter
A compostura daquela pequena senhora
Apertada com o riso mais que forçado
Volta.se para as pessoas e é uma senhora
Sim uma senhora
Privada da liberdade
Capaz de morrer pelo seu ideal
Quem é que não morre pela liberdade?
Ela sim ela...
Não pode porque é uma senhora
E assim vive ela esperando a liberdade junto á sua janela
Tem inveja da brisa que é mais livre do que ela
E com os olhos postos no futuro e o seu cabelo esvoaçando pela brisa fora
Sente a pequena liberdade junto dela
Aproximando-a ao seu rosto quando niguem a está a ver
Ela é triste , ela chora quando niguem a vê
Sim, ela é uma senhora

PAlhaço




Só mais um sorriso ,
Sim só mais um sorriso por favor!
Diz a plateia que aplaude e procura a alegria
Escondido por toda aquela a euforia
Está um enterteiner personalizado
Vivendo para fazer feliz os outros sem que nada o faça feliz
Já niguem o conhece sem a sua hilariante mascara
E quando a chuva cai
Já nem as lagrimas se notam
Já nem o sorriso se vê
O palhaço era um homem
E sorriso desenhado com o lapis desapareceu
O risco que o mantinha com a eterna juventude tambem desapareceu
Sim, o palhaço era um homem
Já esqueceu o seu nome
Já esqueceu como era
Sim, o palhaço era um homem
E na descoberta da desilusão ele respira e em vão:
Só mais um sorriso?
Não!

saudade

É facil acreditar
Na doce loucura
E no microscopio de sentimentos envolto em nós
Enquanto as velhas memorias partem
É facil dizer palavras bonitas
Sem que nada se aperceba de como elas são por dentro
É facil escrever
É dificil ser-se poeta
É facil esperar e viver numa ilusão
Eu sei...
Há quanto tempo o silêncio não é mais que um sentimento?
por entre as cinzas de todas as folhas escritas
E de todos aqueles sentimentos que são mais do que a razão
O fogo consumiu o desespero dos dias soprados e levados em vão
Nem a fé tardou em desaparecer
E o orgulho e o preconceito
Dominam a descriminação
É assim , só assim
Não há coisas boas
Nem a esperança existe
Sim, nem a esperança
Já nem a saudade das mulheres que esperam junto ao mar
Já nem a dança ao som twist nos encanta mais
Nem a perseverança
Nem o fechar da porta depois de um adeus
Já nem o fado que a velha canta no muro nos diz nada
e ao das nossas vozes que nos fazem chorar
Dizemos ser fortes só para não ter o trabalho de mudar

Wednesday, December 06, 2006



Estou atordoada
Já não sei o que sinto
E o que sinto é vago
Olho uma luz ao fundo do tunel
Mas afasto'me dela
Ouço aquela voz vinda lá do fundo
que desvanece a cada momento
Ouço uma balada sem fim
Qualquer coisa sobre mim...
Depressa as minhas lamurias gastam'se
Presas a um nada
Lembro'me de uma melodia de outono
E de todas as coisas que não fiz
Desculpo'me e arrependo'me, não consigu sorrir
E retorna, aquele sopro no coraçao
angustiado chama'me á atenção,
quando já é tarde de mais
Na marginalidade do meu corpo
Repudio o que sou e o que me tornei
Olho á minha volta e vejo o sofrimento que causei
Não ouço o silencio ,
Eu sei...
E quando a promessa é quebrada
E quando a alma fica manchada
Penso...
Magoei'me a mim mesma magoando os outros.

Apontamento

Eu não sei da vida
Tão pouco do mundo
Eu sei lá o que é ter saudade
E, nem imagino o que é perder a esperança
habituei'me a pensar em utopias
Escrever estupidas poesias
Rir'me por tudo e por nada
E, fingir que sou feliz.


Aqui jaz um campo de batalha
Por entre o perigo
Traçado pelos olhos do inimigo
Aqui jazem infinitas almas ensaguetadas
Aqui fica um oceano de lagrimas choradas
Por entre clamores de trompetas, hasteares de bandeiras,
A gloria e a luta pela liberdade
NAda põe fim á guerra
Calado o soldado dilacera
Nada mais resta
Naquela pesada quimera
Excercito diabolico
Lutando pela mortee na nublina sentida
Tocam'se no fantasmas perdidos
encontra'se o medo a cada passo
Ainda se houve os gritos de soldados
desesperan'do novamente pelas boas horas
Aqui, se enfeita a morte
Sem vestigio de sorte
Com o clamor a verdade
CAntando a agonia
Oh, como aqui se sofria...
Hoje acordei
Lembrei'me quando sentia o suave chilrear dos passaros
Quando respirava a tua suavidade
Lembrei'me da epoca em que erámos felizes
E quando de mão dadas caminhavamos
Ainda que nada me impor'te...
Tu siim..
Tu es aquele sonho
Es a minha criancice
Es aquela melodia profunda
Es a minha poesia
Um mundo intocável que era meu
Aquelas tuas folhas que me faziam forte e me sorriam
E quando o inverno ameaça a tua felicidade
Tu voas, e nas tuas asas enleias as mais suaves brisas
Da janela do meu quarto segredo'te as palavras mais baixas que o silencio
Só tu me houves
Só tu choras
Sou eu consigo ver o teu rosto
Mas naquele dia..em que o inverno gelou toda a tua supremancia
Sofri, como nunca niguem sofreu
Já não ouvia o silencio atras da porta
Já nao sentia aquele suave vento
E quando o tempo reabriu esperei por ti
O tempo passou
E continuei a não escutar o nosso mudo silencio

Porto

Ao anoitecer
Admiro a tua sublime perfeição
Contas'me historias intemporais
Eu sei que em ti posso confiar
Cresço e a minha culpa é incerta
Não te ouço, não te esqueço tambem
Ao anoitecer navegando pelas tuas aguas de oiro prossigu
Desgastadas elas estão...
TAmbém tu meu velho porto
rodeado de cansaço
A tua sabedoria é como uma inercia
A tua beleza, infinita

Ao anoitecer olho as tuas aguas, pontes, luz
Cidade perfeita, cidade perfeita!
Por entre o desterro do teu senhor
Escondes.Te niguem te encontra

Pela tua calçada caminho,
Em ti vejo a silenciosa noite
Em ti vejo as as mais belas estrelas
E ao anoitecer, meu velho porto
Encontro o meu lucal seguro
Permaneco nos teus braços
E nas tuas aguas serenas
Mil almas doces e pequenas te veneram
Ninguem sabe
niguem entende
Ou faz que não quer entender
Eu sei
eu percebo
Não entendo
Amanha, hoje quem sabe um dia
E todas as almas desaparecidas
Levadas por um ignoto deo
Procuro, não as encontro
VAsculho nos mais profundos sentimentos
Sinto'as mas não as encontro
E agora a noite é pesadelo
As estrelas já não brilham
O mar já não sabe a liberdade
O dia ficou mais claro e o ar irrespirável
Já não sei o que eide sentir
Não entendo!
Estas estática
Aí num vago absoluto permaneces
Outrora a tua luz fora mais forte
Tambem outrora tu sorrias
Agora nem estrelas, nem magias
Agora nem cometas, nem fantasias
Tu, perola de um deserto oceano
Petrificada vives presa ao sentimento
Não sorris
Mas choras,pedaços da tua luz esvoaçaram pela brisa fora
o teu doce pranto atado por entre o escuro
ecoa na intemporalidade do teu tempo
Magoa, eu sei que magoa
Até tu, sim tu...precisas de alento
Sabes? Nem sabios nem genios
Nem o sol... só tu lua!
É facil de entender estas sozinha,eu sei lua
As tuas lagrimas caem
E na sua queda perde'se a tua magia
Aproxima'te , junta a tua luz ao meu rosto
Vais ver que um dia voltarás a ser feliz.
Oh não chores,
Eu ensino.Te a sorrir

Contra a corrente


Quando nós temos dias menos bons
Não conseguimos sorrir
Permanecemos estáticos
A coragem é amedrontada
Todas as nossas certezas corrompem'se com perguntas
Os fantasmas do passado voltam
Temos medo,
Sonhamos com o pesadelo
Não ouço a doce voz do meu silencio
Já não ouço o grito do meu sorriso
escondo'me ,não por detras de uma mascara
Mas por detras de um riso
Formulo respostas sem sentido
Minto maior parte das vezes
Tambem sou infeliz quando tenho de ser
Tambem fingo quando não tenho mais nada para dizer
E assim no desterro dos maus dias prossigo
Na calamidade efemera do meu pensamento
Sem que nada me avive um sorriso
Hoje não escrevo sobre mim
Nem sobre o sonho
Muito menos sobre o tempo
Hoje escrevo só por escrever
E todas as palavras que vou escrever, fugidias
hoje não escrevo sobre o mundo
Nem sobre a solidão
Hoje escrevo só pa fingir
Hoje não me apetece dar definições
Hoje não quero dizer nada
Mas e se fica alguma coisa por dizer?
Não importa!
Hoje só escrevo por escrever
Hoje só sorriu por sorrir
Hoje só sonho por sonhar
Pela ultima vez !!
Hoje não digo nada!
electricamente percorro o meu espaço
desenho o abstrato
com pinceis de imaginação
fantasias percorrem a minha arte de pensar
observo coisas invisiveis
toco em objectos impossiveis
debruço-me em momentos perdidos
numa tela de pequenos sentidos
avivo-a com as minhas memorias esquecidas
que extrovertidamente constroem-me um sorriso
Simplicidade sedutora
exuberância redentora
Mar de calados gestos
Sentimentos ambiguos,
Indescutivelmente unidos
Natureza dourada
Luz daquela leda e triste madrugada
Singela harmonia
Liberta os sonhos das almas quentes e frias
Olhar extasiante
Branqura petrificantede em toda uma beleza predominante
em espaço tão ameno
Exposto no mundo faminto de crueldade
E nascendo na foz
Vai desaguar á podridão da cidade
Escrevendo por entre rimas,
Sentimentos, melodias
Libertada por entre gritos,
lamentos, alegorias
Sonhada por entre os olhos,os gestos, sabedorias
A poesia...
Digna dos olhos de quem a vê
Mãe da verdade,
Protectora da saudade
Refúgio de quem a sente
A poesia... senhora de outrora
Onde indignada contava os gestos da paixão
E a sua suavidade tocada pela vil multidão
Poesia...
Nome sensato, singular
Não um mero facto
Não um pseudonimo
Vergonha dos sentimentos crús, falsos e mentirosos~
A poesia dos nomes de guerra?
A poesia dos codigos de barra?
A poesia do abstrato?
A poesia somente das metaforas?
A poesia da rima?
Então eu nao quero ser poeta!
Misterioso lado ambiguo dos sonhos
designar uma perfeição de pensamentos
alimentandos'nos do medo de sermos diferentes
Diferença timida que nos corrompe um traço de um sorriso
Igualdade imensa que é escondida no nosso pequeno paraiso
Pesadelo chamado sonho
Fantasia de criança madura
Que consome a nossa esperança
Em alcançar o excelso impossivel
Mas eu?
Eu não abdico do sonho

Eles




Com sorrisos controem os seus sonhos
Brincadeiras enchem a sua visão
No seu mundo se refugiam,
Mas precisam de alento...
Vivem apenas o momento
Riem com a sua imaginação.
Utopias tapam'lhes o sofrimento
Bonecas animam o seu coração
Tentam crescer forçadamente
Querem ser adultos rapidamente,
Mas as suas maravilhas assim passarão..
Querem conhecer o barbaro mundo
Que para eles é o fruto da imaginação
Despreocupadamente olham
Sem que o provir estrage a sua alegria
Pequenos adultos
Vitimas da adulta direcção


" O melhor do mundo são as crianças"
Na calada noite vos vejo
cintilantes
Revestem o suave manto universal de luz
Enfeitam a negra multidão
Nos horizontes majestosos voces sao divinas
De uma beleza simples voces sao rainhas
Lagrimas dos anjos caidas
Restos de perolas cativas
Ansiando a liberdade
Que para alem de suave , tragica ...
Colar de bijuterias espalhadas por uma doce brisa
petalas de rosa caídas
Retratos de uma magica compaixão
substancias perdidas
Oh, silêncio exuberante
Magnificência petrificante
Que a mim me enleias de um manto de utopias
Tento descobrir-vos
Tento tocar'vos
A vossa luz seduz o canto das sereias
As vossas vestes são banhadas de um ouro imaculado
O vosso pranto ecoa perdendo'se na minha atmosfera
Criação singela, harmoniosa
Pedaços de perolas
Das mais raras ostras
Na calada noite vos vejo,...
Aí cintilantes como uma mulher á espera do marido
Como a esperança num mar de solidão
E quando tudo isso passar
Eu não vou chorar
Eu vou abrir a janela
E vou lembrar das horas que passamos juntas

Solidão

Instantaneamente vieste..
Penetraste-Te
na minha atmosfera
O meu vicio de ti estraga-me a quimera
A minha melodia, agora esquecida
Perdi-a como quem perde a vida
O teu silencio que permanece estático
Cobre a minha atroz espera
Nao venhas, digo eu, não venhas
Cerro os olhos, mas não me lembro
Queria ouvir aquela doce voz
Queria sentir aquela doce brisa
Aii, que saudades tenho do som do mundo
agora enleias.te na minha loucura
acochegaste á minha aurea
que se reveste de luto
Saceias.te da minha dor
Bebes das minhas lagrimas
A tua presencia incomensurável
prende-se ao meu insignificante lamento
E, fico eu vitima da minha propria decadencia
A tua voz vitima do teu triste silencio
Esqueci-me do mundo, mas nao me afasto de ti
Olhas'me e eu sinto.te
juntas de maos dadas caminhamos
E por vezes penso que es a minha unica amiga



Adeus céu azul
que por momentos te admirei
Vi os teus sonhos,
As tuas formas
A tua doce melodia
O teu sorriso,
A tua cor
A tua voz vinda lá do fundo,...
Que me dizia para não ter medo
E pensava eu que nada se iria alterar
Agora sinto-me numa jaula de sentidos
Agora, tu, meu céu azul és revestido de dor
E eu a aquela alma que finge
Aquela alegria constante
Céu azul foste.te embora
E contigo levaste-me os sonhos
E nas minhas asas já não sinto a nossa aragem,...
Adeus, céu azul!

Noite escura

Almas sucumbidas na noite escura
Desalento germinado num gesto imperfeito
Não vos completo, não vos completo
Fugo na noite escura,
Olho para as estrelas...
Ai as estrelas, ai as estrelas
Penetram na minha fantasia
Enchem de magia os meus olhos
Mas tudo isso são momentos, só momentos
Nada , só nada
Sinto nada
Mas sinto nada para não sentir desalento
Grito por dentro
Desespero por dentro
Mas rio-me de sempre
A queda no superfulo mundo de adolescente
Procuro aquele sonho incadescente
Fanstasmas enchem de ilusões
Aii o meu mundo demente,
Aii o meu mundo demente
Vivo, por vezes, infelizmente
Mas rio-me sempre
Visito a alma das estrelas
Aii que inveja tenho das estrelas
Divulgo-lhes algum apreçro
E, retribuem-me desprezo
Não as alcanço,
Aii, quem me dera alcançar-las
Num silenciado grito desepero
Culmino na noite escura contudo não mostro medo




"Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
as vezes fraco assim é o coração"

No silencio,
Olho o infinito brume da noite
Mergulho e parto
Já lá não estou
Fugo em extase
Vagueio no mundo intiligivel
Sem dor, sem amor
Na madrugada olho o silecio dos passaros
Acordo e sinto
Preso a sombra do tempo
Secretamente escondo-me
Não sei onde , é segredo...
Levo o momento...
Vagueio numa cidade qualquer
No deserto do nada vagueio e naquela praia de gente suspiro
Afasto-me quando a força está gasta
Perco o tempo
Esqueço o momento
E eu não sei que mais posso ser
Num dia homem
Noutro dia só um ser
por vezes sonho
Não resisto á tentação
As vezes fraco assim é o coração...





* peace!




Inocência de indescritivel sabedoria
Espelhos de aguas cristalinas que rebentam ao sabor da injustiça
Pureza amena de infinita dor
Gesto paradigmatico que nos lembra o amor
Vive...sem queixar-se luta...
Sem dizer que não vale a pena
Sorri...sem conseguir libertar o choro que paira em seu interior
Ama...mais que tudo...mais que qualquer um
Brinca...para esquecer
E vive...
Mas niguem vê



*paZ