Friday, January 26, 2007

Ficar aqui

Tocar-te, sem braços nem gestos e,
Sentir o que não queria sentir,
Perder aquilo que nunca vou ter,
Já os sentimentos estão gastos.

E, as euforias escondidas,
Não sei bem onde nem como sentir
Perdi a voz, ganhei o silencio
A felicidade contorna-me.

Não ganhei um sorriso, nada,
Guardo, agora os momentos,
Enquanto a solidão é firme.

Distância de mim e dos outros
Fico aqui e penso, medito
Espero, um dia, talvez um dia

Thursday, January 25, 2007

Carta á esperança

Esperança
Já não sei se existes
E se existes...
És tão rara como a pedra filosofal
Já não te chamo
Gastei a minha voz e cansei os meus gritos
Aguardo em silencio a hora da tua chegada
Aqui, petrificada
O teu ser, os teus seres, eu...
Todos clamam por ti
Já não es quem eras
Querida esperança
Em criança fui-me habituando a ti
Aprendi a respirar com a tua essencia colada em mim
A olhar por ti, por mim, pelos outros.
Agora, hoje, talvez amanha,
Perdi-te
E contigo a minha alma fugiu,
Por isso decidi escrever-te assim,
Amiga,
Não te prives dos outros, de ti, de mim...

Tuesday, January 23, 2007

Sintonia

Na sinfonia invernal estou
Nem brilho apraz esta calma
Neste tempo secular
Onde a fortuna é felicidade
E a felicidade, fingimento
Não entro em sintonia com esta suave melodia
Entristecem'me estes novos sons do mundo
Para quem o conheceu outrora
Já não estou cá
Já não conheco o meu mundo
Já não penso, já não existo
Que infame crueldade
Oh, o meu mundo
Em cantigos secretos venero o teu dourado
A tua essencia
Já nada me apraz, meu velho mundo
Nada...
Somente nada...

Ela

Não sei bem que pensar dela
Inspira-me
Não sei porque
Nem ela deve adivinhar
Mas há qualquer coisa nos seus olhos
As vezes o medo outras vezes o conforto
Enfim,
Ela espera
Ela sente, sim
Há quem diga que não
Mas o olhar dela não mente
Ela sofre
Mil coisas sem fim
Ela chora não por fora, não
Há uma magoa tão sentida naquela senhora
Enfada'me ver-la assim
Mas eu tenho medo dela e ela medo de mim.

Vai e vem




Vai e vem
E não me diz nada
Solifica as hastes da saudade
Tambem as da liberdade

Vai e vem
Não me diz nada
Chora, ri
Mentalidade trocada

Vai e vem
E, não me diz nada.

Amou, perdeu-se e morreu amando

Já na alva cantas ferosmente
Anseias aquelas asas que há tanto tempo te foram prometidas
No raiar da madrugada a luz vai aumentando
E a tua diminuindo,
Amaste?
Sim, amaste...
Fugiste?
Não, não fugiste....
Perdeste-te,
Sim...perdeste-te
O teu sentimento imaculado
Ouve os clamores felizes de outrora
A tua alma resguardada em silencio
Um grito, já nem um grito
Liberdade pelo coração
Amas-te?
Sim amas-te
Viveste, amor de perdição.
Morreste?
Sim, mas o teu amor não.

Monday, January 22, 2007

Poema feliz

Estou aqui,
Com muito para dizer
E tão pouco posso escrever
O tempo escasseia
Oh o tempo escasseia
Não sei como vou fazer
Escrever uma feliz poesia...
Uma unica feliz poesia
Agora, neste momento, feliz...
Sim, feliz
Como vou escrever não há tempo para escrever a minha feliz poesia
E na minha alma inundam sorrisos e a liberdade espreitou à minha porta

Como vou escrever tanta poesia
Como vou descrever agora ??
Sim, agora estou feliz
Mas é só um momento..
Oh!?
É só um momento...
Ainda é cedo e,
Já nem sei no que acreditar
Perdi essa magia há muito tempo...
(Quando ainda existia o natal quando a toda a hora era carnaval)
Já nada interporaliza aquilo que vivi
Esqueci, somente.

(Já nada dá razão ao tempo
Ele não é teu nem meu!)

Intercalada entre raizes tão profundas
De uma coisa que talvez se chame sofrimento
Exageradamente vivo uma mágoa
A minha mágoa das magoas.
Objectiva e, clara...tão clara...

Já?
Entardeceu e com o tempo toda a minha alegria lá ficou
Já nem sei em que acreditar
Sim, vou dar tempo ao tempo...

Thursday, January 18, 2007

Não sei

Presa no espaço
Permaneco
E com indicios de clautrofobia
Não sei como faço para passar o tempo
Já nem sei se daqui vou sair um dia
Firme e hirta sem braços e sem pernas
Tanto pó cai sobre mim
Areia tapa'me os olhos
O que eu vi já mal me lembro
Como um anjo que voasse sobre mim
E devolvesse'me as asas que há tanto ficam em cativeiro
Já não penso no futuro
Já não vou contar histórias de fadas e feiticeiras
Já não tentar ser poeta nem tal coisa parecida com isso
Presa no espeço
é assim que vou continuar
Já nada me chama
E há nada para comtemplar

Sem nexo

Honestamente
Não sei porque escrevo
Nada, nem niguem consegue guardar os meus sentimentos
Não sei se tenho inspiração
É provavel que não
caminho por ali e por aqui
Não não caminho
Penso que caminho
Sim,penso que caminho
não sei o que sinto...
Não sou a unica,
Sou?
Já nem sei o que digo
E o que escrevo é em vão
Enfim, sem nexo
Com coração...

Monday, January 15, 2007

mudar


Sendo aquilo que não sou
Sonhando aquilo que não posso ter
Fecho os olhos, não sinto nada
Absolutamente nada
No meu sangue efeverescente corre aquilo que me tornei
A minha vida só é decandente porque eu não mudei

Thursday, January 04, 2007

Sem surpresas














Quando descobri que aquele mundo não era o ideal
Quando esqueci da suave melodia do carrocel
Quando esqueci que um dia sorri
A queda da desilução para não sei onde
No vacuo trasformo aquilo que trouxe comigo em coisas magicas
Aquilo que não tem remedio tento esquecer
Já me habituei á ideia de ficar aqui onde tudo é escuro
Já não sinto a doce natureza nas minhas maos
Quando ouço aquilo que desejava ouvir

Não, não ouço o que queria ouvir
Aqui onde estou sou uma magica
Que trasforma a magia em coisas tão sublimes tão...
Não há explicação quando se perde tudo
E quando já não se tem nada a não ser solidão
Sinto'me nua e distante do mundo
Já nada me inspira
Nem a lua me dá inspiração
A doença e o vicio apoderam'se de mim
Aqui, onde nada já é magico
Onde o sonho se torna o vicio
E a magia que faço é sonho
Só sonho

Quando tudo passar

Quando tudo passar
Tudo em vão,
Mas tudo tão importante
E na solidão, no luto
Ouço a voz do mundo
E medito no silencio da minha tristeza
Solto lagrimas de pavor
e um sorriso que me dá alguma cor
Quando tudo passar
Desejo que o sonho não tenha sido só um mero sonho
Quando as rugas e o cabelinho grisalho tocarem na minha pele
Desejo olhar o verde da minha terra
Acariciar a alma que eu tanto esperei
E sentir a suave melodia
penetrando pela minha pele
E presentindo que num novo dia
A minha essencia estará completa.