Wednesday, February 28, 2007

Srªsolidão

Senhora solidão
Que pelo amor foste esquecida
Já estendida no vacuo sentimento
Sem nada que absorva a tua força, a tua garra sentida,...
Permances na intempolaridade da vida
Sem um Amor, nem uma leve brisa
Passas horas, segundos seculares
Esperas que te afastem a tua noite vadia

Anfitriã de um sonho poetico
Anfitriã de um sonho em vão

Regressa e explora as almas petrificadas e sem sorrisos
Sorri e namora
E tu alma triste enleia-te finalmente na doce brisa
Encontra a luz de agosto
E sente o seu perfume em ti, no teu sorriso

Monday, February 26, 2007

Hoje




Hoje sinto-me estranhamente inspirada
Vagueio de vez em quando pelo pensamento
Sinto, rebento por dentro
A atroz inspiração que me domina
Insana e lucida que namora palavras
E de repente o deja vú,
Sinto as minhas felicidades intercaladas
E o sonho agora sem ser distante
A sua força celestial
Capaz de ensinar o mundo
Já nada que não meta palavras
Mas elas com o seu som tão profundo
Hoje não sei o que sentir
Porque estou inspirada
Amanha vou sentir apenas
Mas hoje ,
Já a revolução invicta das palavras tomou conta de mim
Estramente procuro sentir-las ainda mais
Fazer delas especiais
Só hoje
Amanha não vou conhecer-las
Amanha vou repudiar tudo o que senti hoje
E tudo o que sonhei ontem
Creio no sonho, não sonho com o amanha
E estando elas tão entranhadas em todos os cantinhos de mim
O meu respirar torna-se luminoso
Consigo esperar a esperança
E amar..
Mas amanha
Tudo muda,
Vou perder a alegria da alma
E a energia que me corre nas veias
Amanha é o fim
Hoje escrevo e sinto-me estramente inspirada
Amanha, enfim...

Saturday, February 24, 2007

Dizer, fazer, querer, sentir,...

Muitos iriam perguntar o que quero o que faço e o que digo?
Nada ,
Ninguem me impede de dizer nada
Ninguem me impede de fazer nada
Ninguem me impede de querer nada
Mas digo muito
Já o charme da mouraria me encatara um dia
E o glamour do meu porto me silenciara, sim um dia
E a chuva caida nas telhas
As minhas mãos nas algibeiras
Nada quero, nada faço, nada digo
Já perdi a voz e a lirica envolta nas minhas veias
Já nem seduz o canto das sereias
Está ali perdida e vagueia
Na urbe foi usada e marginalizada
É especial o que digo, o que faço o que quero...
É o que sinto

Thursday, February 22, 2007

O teu fado

Tenho saudade de ti
Meu país
Já não te ouço nem a ti nem ao teu fado
Há tanto tempo que as tuas lagrimas são choradas sem sal
Já não te sinto nem em sonhos
Só no fado
O respeito que ganho por ti
Perde'se quando naqueles momentos recordo o que sofri
O amor que ganho por ti
Aumenta quando ouço o teu fado
Meu lindo pais
Sonho um dia voltar a ver-te
Sei que te escondes-te
E contigo levaste o teu segredo
MAs esqueceste-te do teu fado
Onde me refugio sem demora
E fico transparente
Na solitude do tempoe e do espaço
Do teu sublime fado
Acompanho'o por dentro
A verdade do meu país
e na saudade do nosso pranto

De dia

Na noite vou andando
Com o sonho a minha espera
Sorriu e choro
Espero para sempre
O meu sonho brilhante
Doce como se fosse mel
No horizonte avisto girassois olharem para mim
De noite o escuro como o breu
espero
A esperança
Sou feliz, como a criança que corre no leito do riu
Oh, minto
Tenho o mundo á minha frente
Choro e minto
Sonhando
No leito do rio deleito'me com o olhar da esperança
Que não abandona a criança
E que faz com que o escuro acabe no ceu

anfitrião selvagem




Pelo deserto primaveril
cheiro a brisa do nada
Enleio'me por dunas selvagens
A saudade da solidão da cidade
e da soturinadade da aldeia
caminho por este deserto sem gestos
adianta-se a tarde
avança o diajá nestas horas seculares o casanço não é poesia
recebo aquilo que os outros não querem
Neste solo sagrado caem'me as lagrimas
Em forma de riso
Já não sei quem sou
Já não me lembro do doce paraiso
Este triste fado
Converteu'se em nada
Nada é o que procuro
E nada é a minha definiçao
Já não sinto já não choro
Já nem ouço a triste canção
Agora, eu, anfitrião selvagem
do suave sentimento
Perdi toda a solugem que me envolvia
quando outrora chorei
Agora, perdi a vida
Ganhei o deserto

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Wednesday, February 21, 2007

A pequena portuguesa

Um dia caminhava ela
Na noite escura
Já o sol ia alto ela sorria
Sem medo nem claustrofobia
Vive no mundo dos tudos e dos porquês
É amiga do sonho e possui alguma altivez
A pequena portuguesa
Não chora nem ri
A pequena portuguesa
É rara como a perola ou o marfim
As suas mãozinhas tão pequenas
(que agora lhe querem tirar)
A pequena portuguesa nem no colo da mãe pode chorar
Está sozinha tão sozinha
Já não joga ao malmequer nem ao bem me quer
Perdeu a esperança
Já não abre os braços
E nem sorri dos palhaços
Nem brinca as bonecas nem as mães nem as filhas
A pequena portuguesa
Perdeu a força
A determinação
Á pequena portuguesa tiraram-lhe o coração.